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Brasil, Africa e USA. A aula de Geografia.

Em oito de agosto de 2012, o importante jornalão NYT (New York Times) publicou extensa reportagem sobre os investimentos brasileiros na Africa. Pontuou que o Brasil é o país de maior ascendência africana fora do continente e que tem "resgatado" suas origens, estreitando laços por meio de investimento, parcerias, fomento social e econômico. 

Lembrou que construtoras e mineradoras brasileiras estão entre os maiores empregadores em alguns países e frisou que, como o país não precisa importar alimentos, tem "maior" liberdade que, por exemplo, ingleses, para tais ousadias. O Brasil ultrapassou a Inglaterra em numero de embaixadas e investimentos na Africa, no justo momento em que lhes tomou a sexta posição no ranking de maiores economias do globo.

Sempre num tom professoral, a reportagem detectou que ao contrario do que se prega, o Brasil não é imune ao racismo e citou problemas enfrentados por africanos que ganharam bolsas de estudos no país. Num caso de um Moçambicano abordado pela policia no Rio de Janeiro, quase perplexo o jornalista afirma que o estrangeiro sofreu preconceito e que ao informar o pais de origem, os policiais brasileiros sequer sabiam que existia um país chamado Moçambique.

Entre as muitas verdades constantes da reportagem, fica latente certo desprezo pela pretensa grandeza brasileira. O leitor médio americano é induzido a pensar que o Brasil é um país muitíssimo "africanizado", pretensioso e burro, uma especie de "novo rico" que ganhou dinheiro, mas não é comparável aos ricos de "berço" (Não por acaso a reportagem cita ajuda americana para o pobre nordeste brasileiro, ocorrida em 1960).

Como erros de ricos e sapientes são diferentes de lambanças de pobres e burros, na própria reportagem o NYT tratou de mostrar todo seu conhecimento sobre a existência de países africanos, citando Angola como um país do "oeste da Africa", quando na verdade Angola encontra-se na costa oeste do Sul da Africa.
Alertado por leitores atentos às aulas de Geografia, o jornalão publicou uma errata no rodapé da matéria. Nada que desabone a boa educação americana.

confira a matéria no site do NYT (Em inglês):

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