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Desconstruindo a economia - O fim da era PT.

Sem aprofundar tanto em cada assunto, o texto já ficou demasiado grande. Para não ficar uma leitura enfadonha, propomos aqui em texto simples (sem tecniquês ou jargões) dissecar todo o mal que a politica economica petista fez e faz ao país. Nos próximos dias trataremos de assuntos especificos e aí poderemos nos ater mais e fazer uma analise mais profunda. Buscamos as fontes mais isentas possiveis de informações e contamos com sua opinião para discutir o Brasil. mesmo contraria a nossa abordagem, sua opinião é importante.

  •  Capitulo I – Do golpe militar de 1.964 até a redemocratização.
  •  Capitulo II – A redemocratização, os planos que deram errado, o plano real e a estabilidade econômica.
  •   Capitulo III – A economia do PT
  •   Capitulo IV – A gestão econômica Lula/Dilma e o projeto de poder do PT







             Capitulo I – Do golpe militar de 1.964 até a redemocratização.

Quando os militares tomaram o poder em 1964 a economia brasileira estava em derrocada, a inflação chegava a 100% ao ano, o país era praticamente desindustrializado e a renda média brasileira era de 17% da renda americana.

Militares, ao contrario de políticos que sequer precisam ter frequentado escola, gozam de boa formação e Castelo branco sabia que para por em prática seu governo autoritário precisaria fazer a economia andar. Como deixou celebre James Carville: “É a economia, estúpido”!
Ao contrario das barganhas atuais onde os ministérios e pastas importantes são ocupados por interesse dos partidos cujas bancadas são mais importantes nas votações, abrindo espaço para toda sorte de negociata, O general colocou gente que entende do riscado para operar as engrenagens da maquina estatal. Nomes do calibre de Roberto Campos, Mario H. Simonsen e Otavio Gouveia de Bulhões trataram de revolucionar a economia, através do PAEG (Plano de Ação Economica do Governo) e de mecanismos como a famigerada correção monetária. A inflação baixou, o país se industrializou e cresceu, chegando a taxas chinesas nos anos dourados, no que ficou conhecido como “milagre econômico brasileiro”.

Foram os militares que criaram o Banco Central e meios para que o governo pudesse captar dinheiro vendendo títulos no mercado. O então jovem Antonio Delfim Neto foi tão competente no governo militar que poucos mandaram tanto na economia brasileira desde a republica.
Foi ainda no governo militar que se descobriu a roda: “Os brasileiros precisavam estudar” segundo o economista Carlos Langoni. Os militares abraçaram parcialmente a ideia e foram os pioneiros em combater o analfabetismo e a fomentar as universidades publicas brasileiras. Tudo ia muito bem obrigado até 1973, até que o governo enfrentou sua primeira grande crise internacional. Quando os países produtores de petróleo aumentaram os preços de repente, abalando toda a economia mundial. O Brasil importava 70% da energia que consumia e enquanto outros países dependentes pisaram no freio, o país se endividou para implantar o “parque industrial brasileiro”, quando o estado se meteu em tudo: industrias como as siderúrgicas, bélicas e petroquímicas até as de energia com as grandes hidrelétricas e nuclear.

Foi neste período também que a distribuição de renda começou a aprofundar as desigualdades. O arrocho salarial e as políticas econômicas concentravam riquezas nas mãos de poucos e inviabilizavam a mobilidade econômica dos mais pobres.

      Capitulo II – A redemocratização, os planos que deram errado, o plano real e a estabilidade econômica.

Quando o país se redemocratizou a inflação já tinha saído dos trilhos, o país estava endividado, a economia era fechada e o trabalho era grande.
Desde que José Sarney assumiu a presidência foram inúmeros planos econômicos fracassados: Plano Cruzado (I e II), Plano Verão, Plano Bresser, Plano Collor I e II. Nesta época houve de tudo. Congelamento de preços e salários, confisco da poupança, empréstimo compulsório, corte de zeros da moeda (o que valia 1.000 passava a valer 1) que era rebatizada e votava com novo valor de face, etc...
Com Collor foi que os avanços começaram. Foi ele quem acabou com a especulativa overnight (aplicações de uma noite só), criou os fundos de aplicação e iniciou a abertura do mercado (Quem não se lembra do apelido “carroças” para os carros brasileiros?) mas em 1.990 a inflação beirava os 1.200% ao ano.

Collor caiu, Itamar Franco assumiu em 1.992 e nomeou Fernando Henrique Cardoso para o ministério da economia no ano seguinte. O pais era combalido pela recessão crônica e pela inflação galopante. Com um gabinete de economistas “do mercado”, em um mês foi anunciado o Plano Real, que deveria ser implantado em etapas e foi recebido com desacreditado  pela população em geral ou fortemente combatido pela esquerda brasileira, Lula era seu principal critico, chegando a usar como mote de campanha “destruir o real”.

Inicialmente veio a URV, uma moeda paralela ao “cruzado novo” e no ano seguinte o real entrou em vigor. De pronto o IPCA caiu de 44 para menos de 7%! No bojo do plano a economia se formalizou:  de 2/3 na informalidade para quase 80% na formalidade(os trabalhadores passaram a ser registrados maciçamente e os pequenos  negócios foram regularizados), o país alcançou o respeito internacional chegando ao “grau de investimento” e a divida externa foi equacionada com as reservas internacionais, estatais ineficientes foram privatizadas, diminuindo o tamanho do estado e oferecendo a população serviços melhores e mais acessíveis (antes telefone era bem declarável no imposto de renda e pouquíssimas pessoas tinham)passando o país a deixar de ser devedor para ser credor do FMI, o cambio (que chegou a ser operado por bandas e depois foi liberado) e a inflação equacionados. O país, em fim, alcançou a estabilidade econômica.

O cenário econômico estava consolidado. Para o país se tornar grande de fato era preciso fazer reformas. No governo FHC vieram a lei de responsabilidade fiscal e a renegociação da divida dos estados e municípios. Fazer reforma é desgastante e difícil politicamente, um processo que consome trabalho árduo e demorado.
São as ações do governo que garantem o bom funcionamento da economia e é aí que a “porca torce o rabo”.

         Capitulo III – A economia do PT

O PT foi criado num ambiente onde todos estavam descontentes com a ditadura e o MDB representava a direita e o centro ou social democracia, restando a esquerda como bandeira. O balaio de gatos reunia sindicalistas da região mais importante da industria à época (ABC paulista), movimentos políticos da igreja católica,  intelectuais socialistas e repatriados comunistas, muitos dos quais oriundos das lutas armadas e alinhados com Cuba. Era conhecido como o partido da baderna. Como o idealismo original não cabia na sociedade brasileira e foi aos poucos abandonado, muitos se distanciaram para criar agremiações mais á esquerda (Psol, PSTU, entre outros) e mesmo nos que ficaram no partido existem diversas correntes.

O partido se declara socialista mas adequou em muito sua pregação ideologia e suas praticas políticas para alcançar os votos que precisava. Até hoje o partido faz parte do “Foro de São Paulo” e é alinhado com todas as ditaduras comunistas do globo.
Para se consolidar como alternativa popular o partido acolheu, criou ou fomentou os ditos movimentos populares, os sem tudo o que você imaginar (sem terra, sem teto, etc...) e fez oposição ferrenha a todos os governos, na base do “quanto pior, melhor” ou se tá ruim, vote no PT!
Após perder três eleições presidenciais e ir moldando seu discurso e polindo seu candidato, o PT chegou ao governo com Lula e priorizou as chamadas medidas sociais na economia, com o “objetivo” de garantir os direitos básicos de acesso a economia, educação, saúde, habitação e cultura, criando mais de uma dezena de mecanismos para fomentar seu projeto de combate a fome e a pobreza.

      Capitulo IV – A gestão econômica Lula/Dilma e o projeto de poder do PT

Lula assumiu o governo em janeiro de 2.003  e seu primeiro ato importante foi a criação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e social. O cenário externo era favorável e o afastamento do alinhamento com os EUA foi em muito compensado pela China. As ações sociais do governo eram bancadas e amparadas pelo boom da economia mundial e Lula pode inclusive manter as bases macroeconômicas do plano real.

O Brasil crescia interna e externamente e Lula ganhava notoriedade mundial com iniciativas como a Unasul e o G20. O país gastava o cenário favorável ao invés de aproveitar para se consolidar ainda mais.

Em seu segundo mandato o governo resolveu tomar as rédeas da economia com famigerados planos de desenvolvimento como o PAC, a oferta irrestrita de credito para pessoas físicas e jurídicas e o consumo interno.

A primeira grande crise internacional da era Lula, em 2007, foi amainada pelas reservas cambiais e pelo grande superávit primário e o país passou a ter a falsa sensação de imunidade e maturidade perante a economia global.
Quando Lula passou o bastão para Dilma, o país tinha um verniz polido de quem vai muito bem obrigado mas, por dentro os “cupins” já corroíam todos os pilares de sustentação econômica.

O crescimento do PIB de 7,5% ao ano (2010), que era ainda fruto da bonança em águas internacionais vinha com a sombra de uma inflação no teto da meta (6,5% ao ano) mas foi no começo de 2012, com o IBGE anunciando o PIB 2011 com crescimento de 2,7% que a “mascara” da gestão petista começou a cair.

A participação da industria no PIB recuou de 16,7% para pouco mais de 14% e o consumo interno junto com os gastos do governo é que maquiavam a economia. Em 2003 10% dos produtos consumidos pelos brasileiros eram importados, em 2010 passou para 25%.
Sem o grande cliente, a China e com cenário internacional desfavorável, Dilma afrouxou o controle da economia, baixando rapidamente os juros e abrindo mão do controle ortodoxo da taxa de inflação para tentar impulsionar a economia. Como o remédio não surtisse efeito e com o cenário econômico se deteriorando o governo baixou mais os juros, segurou o aumento dos preços controlados e abriu a torneira dos gastos públicos, numa perigosa ciranda fiscal.

Paralelamente o governo do PT se metia em escândalos políticos e de corrupção, que como sabiam os militares, eram encobertos pela boa fase econômica. Lula saiu do mensalão incólume, enquanto Collor caiu por muito menos.
O projeto de poder do partido incluiu um financiamento político e de campanhas bancado com dinheiro desviado de empresas estatais e de negócios escusos com fornecedores do governo. Grande parte dos protagonistas da construção do PT estão ou estiveram na cadeia e outros tantos estão na iminência de chegar lá.

Sem o carisma de Lula, com a economia ladeira abaixo, o governo se deparou com a triste realidade: Era preciso continuar as reformas para o país voltar a andar. Quando Joaquim Levi chegou ao governo era esta a intenção. Ocorre que o povo e o mercado já não tinham a mesma paciência do tempo das vacas gordas. O governo imerso em suas crises não tinha mais forças para fazer o “dever de casa”.

Todos os indicadores econômicos são desfavoráveis e estão em queda livre. Até os programas sociais, carro chefe do programa de governo, sofreram graves baixas e não há previsão de melhora ou ao menos estanque da queda econômica nos próximos dois anos. Em recente relatório o FMI culpou o Brasil e a China pela crise mundial em curso.

Os militares planejaram e executaram sua saída do poder; o projeto político do PT está sendo enterrado junto com a economia brasileira e a imagem do partido.


Fontes: FGV- Fundação Getulio Vargas; FMI - Fundo Monetário Internacional - BBC Brasil -Estadão - O estado de S. Paulo - Valor Economico - IBGE - Folha de S. Paulo

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