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Os limites da inclusão de deficientes na escola da rede pública.


X. é um garoto especial. Praticamente não fala, é incapaz de ler uma frase e seu comportamento exige que sua mãe assista às aulas com ele, a fim de que  não se machuque ou atrapalhe demasiadamente o andamento da sala de aula.

X. está na quarta-série do ciclo I na modalidade inclusão. Ele não foi avaliado, mas ao final do ano letivo será promovido para a quinta série. Sua mãe está preocupadíssima.

A quinta série (ou sexto ano) funciona de forma totalmente diversa do ciclo I. Os alunos contam com professores especialistas em cada matéria, o período letivo é dividido em cinco aulas, algumas das quais vagas por falta de professores e a maioria das escolas não contam com professores e estrutura adequados para receber alunos especiais.

Como X. será recebido pelos novos colegas? Até que ponto os professores serão tolerantes com a hiperatividade de X. durante as aulas? Como a mãe de X. será tratada por alunos e professores? Estas são perguntas que por hora povoam sua cabeça, já que continuará a frequentar as aulas no próximo ano, o que pode causar algum mal estar ou estresse diante do novo e inusitado padrão de inclusão a que X. será submetido.

A situação é nova para todos os envolvidos e espera-se que o bom senso seja a regra no novo meio de convivência de X. A comunidade escolar não conta com suporte adequado para lidar com todos os aspectos envolvidos na inclusão de crianças especiais. Estamos consultando professores, diretores de escola e psicólogos que explicarão a conveniência de tal situação e durante a próxima semana nossos leitores poderão acompanhar aqui as opiniões. Até que ponto um aluno especial pode ser incluso no Ciclo II de forma construtiva? 

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