Passione: Trair e coçar é só começar... A encontrar sarna para se coçar!
Stela é uma mulher madura e bela, com um casamento estável, mas infeliz. Pela lógica da rede globo nada mais natural que a dondoca sair por aí em busca de sexo casual, tanto que a moçoila nem precisa se esforçar para arranjar parceiros. Ela não só encontra bonitões ávidos por sexo fácil a torto e a direito como dá uma olhadinha e sai com o cara à tira colo, uma façanha que dona Maite provavelmente não conseguiria nem em seus melhores dias.
Que existe um bocado de homens que sonham em encontrar na rua uma parceira exclusivamente para o sexo e ponto final é evidente. O problema é que ninguém sai por aí com um cartaz como se esperasse alguém no aeroporto “Disponível para o sexo!”.
Os caras que não conseguem passar por uma saia sem olhar como um cachorro admirando um frango no espeto da padaria costumam causar asco nas mulheres que se sentem invadidas e ainda por cima a sabedoria popular ensina que cão que muito ladra...
Sair por aí bela e faceira e encontrar um bonitão por dia disponível para o sexo e mais ainda satisfatório é mais improvável que acertar na mega-sena jogando as dezenas 01 a 06.
Mais plausível é a ficção do CSI, série que mostra o dia-a-dia da policia cientifica americana exibida na Record no mesmo horário que dona Stela apronta das suas e que num episódio mostrou gente rica, bonita e adepta do swing. Todos se declaravam felizes em seus casamentos e alardeavam a troca de casais como a oitava maravilha do mundo.
Tudo funcionava bem até que um crime ocorreu e então se descobriu a roda: O ser humano é mesquinho, egoísta e competitivo. Na sombra da festança do sexo livre rolava ciúme, competição, pedofilia e infelicidade, tanto que todos os adeptos tinham motivos suficientes para serem assassinos em potencial.
E segundo a revista Marie Clarie, a chance de a “aventura” dar certo é pequena. O resultado pode ser a busca por cura num consultório psiquiátrico ou a busca por seus pertences na delegacia, como contou em uma reportagem ter ocorrido a uma mulher real que praticava o sexo compulsivamente com parceiros escolhidos aleatoriamente na rua, até que um dos garanhões quis mais que seu corpo, seus pertences e após ser dopada a mulher foi encontrada desacordada num motel, desprovida de roupas e de pertences pessoais.
Caso você reúna 100 pessoas numa sala e pergunte quem quer ter múltiplos parceiros boa parte responde que sim. Se a pergunta seguinte for quem aceita a condição de dividir o próprio parceiro o numero de entusiastas diminui sensivelmente. Se entre os gatos pingados que sobrarem for feito um teste psicológico para saber quem tem maturidade e estrutura emocional para tocar a empreitada é possível que não se possa formar um par sequer.
O que move a utopia do sexo livre é um tripé formado pelo desejo de diversidade, liberdade e prazer. Numa primeira olhada parece bem legal e justo, mas os motores por trás disto são o desejo de conquista que se traduz em diversidade (quanto mais parceiros conquistar mais satisfeito seu ego fica), o desejo de levar vantagem sobre os demais (Ser livre para amar a todas/os e ainda contar com um parceiro fixo e fiel em casa) e o gene egoísta (nos homens a intenção subconsciente de propagar seus genes para o maior numero de mulheres e nas mulheres a intenção de passar adiante seu DNA para o melhor parceiro possível). Não tem nada de moderno nisto. É só o egoísmo humano que impulsionado por uma frustração qualquer recebe um verniz bonitinho para que se torne aceitável.
Claro que existem pessoas que cultivam o swing por puro prazer e os casamentos abertos por exclusiva opção, mas poucas são as pessoas que tem tal maturidade. A maioria das pessoas está mesmo interessada em levar alguma vantagem ou em tomar o menor prejuízo possível. É assim desde que o mundo é mundo.
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