Violência contra a mulher – O que Bruno e Mizael tem em comum com o bandidinho de Carapicuíba.
O Caso Eliza Samudio, assim como o caso Mercia, alcançou grande repercussão. O destaque na imprensa faz parecer que a violência contra a mulher é algo espantoso. Não é.
Mulheres são humilhadas, espancadas e mortas todos os dias no Brasil. A crueldade com que as mulheres são tratadas é intrínseca a cultura do machão cordial brasileiro. Uma banalidade como tomar cerveja e dirigir ou jogar papel e bitucas de cigarro na rua.
A.M.G. é uma garota bela e corajosa de apenas 16 anos. Tinha sonhos e propostas para virar modelo. Conheceu Alexandre da Costa Chaves, 20 anos e sua vida virou do avesso. Alexandre quis lhe namorar. A. descobriu que ele tinha namorada e rechaçou o assedio. Alexandre - que havia afirmado querer ter duas namoradas, assim como se fosse tênis – seqüestrou A., passou num bar, comprou cerveja, levou a garota a um matagal de Mairinque e lhe desferiu seis tiros.
A. resistiu aos ferimentos e teve forças para pedir socorro e denunciar seu agressor. Alexandre foi preso tranqüilamente passeando em São Roque. A menina que queria ser modelo perdeu o olho e esquerdo, mas se recupera bem. Mutilada, precisa agora encontrar forças para traçar outra rota em sua vida.
Mizael é um advogado, Bruno um jogador famoso e Alexandre um bandidinho pé de chinelo. Seriam mundos totalmente diversos não fosse a relação que os três tiveram com mulheres. Enquanto você lê este artigo religiosos, pedreiros, policiais, médicos e toda a sorte de homens estão exercendo sua violência cotidiana contra mulheres. O pior é que o jornalista Pimenta Neves já provou que esta bobagem nem cadeia dá. Infelizmente nossas mulheres são tratadas como animais. Se ao menos fossem do tipo silvestre...
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