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Entendendo a Superbactéria KPC – Eu preciso ter medo de hospital?


Muito se fala e pouco se explica sobre a tal superbactéria que tem matado pessoas nos hospitais e inclusive foi diagnosticada como surto no Distrito Federal.  O blog Cidadão Quem vai explicar de forma simples tudo o que você precisa saber sobre a superbactéria neste artigo.

Bactérias são seres unicelulares (contam com apenas uma célula) que vivem de forma parasitária ou harmônica no organismo. São diferentes dos vírus que contam apenas com material genético e se valem da estrutura celular do hospedeiro para se reproduzirem. 

Quando uma pessoa utiliza antibióticos por muito tempo as bactérias desenvolvem o gene que as tornam resistentes aos medicamentos. No caso da KPC o gene é o NDM-1 que surgiu na Índia e está se espalhando pelo mundo. O gene faz com que uma enzima seja produzida pela bactéria e torne os antimicrobianos insuficientes para destruí-la. O termo superbactéria é aplicado a qualquer bactéria que se torne resistente a muitos medicamentos.

Há anos circulam bactérias multirresistentes no território nacional. Além da KPC, é o caso da SPM-1 (São Paulo metalo-beta-lactamase). Com a resistência a carbapenemas sendo conhecida já há alguns anos pela comunidade médica, remédios como as polimixinas e tigeciclinas ainda são eficientes contra esses organismos, mas são usados somente em casos de emergência como infecções hospitalares.

A KPC é de disseminação restrita a ambientes hospitalares e seu controle é possível tomando medidas simples como a higienização adequada e o isolamento de pacientes oriundos de UTI´s ou provenientes de outros hospitais até o diagnostico sobre a presença (ou ausência) da KPC, que pode ser feito em até cinco dias.

Os usuários da rede hospitalar podem contribuir para o combate ao surgimento de superbactérias evitando o uso indiscriminado de medicamentos, já que a resistência é desenvolvida pelas bactérias durante o uso prolongado ou desnecessário de remédios.

O Brasil estuda inclusive dificultar a compra de antibióticos a fim de controlar melhor o uso destes medicamentos. Outra dificuldade é que a indústria farmacêutica não tem desenvolvido novos medicamentos e o uso de medicamentos por longos anos, ainda que em tratamentos diversos e descontinuados, ajuda a criar o ambiente ideal para o surgimento das superbactérias.

A rede publica de saúde tem se mostrada atenta ao problema e você pode usar os serviços médicos sem medo, mas se você perceber desleixo com a limpeza de materiais e uniformes, reaproveitamento de equipamentos e materiais descartáveis como luvas, seringas e mascaras, denuncie imediatamente.

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