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Os juros abusivos e os créditos podres das financeiras brasileiras as custas de servidores e aposentados.

O mercado chama de “crédito podre” o dinheiro emprestado por instituições financeiras a pessoa ou empresa cuja capacidade de saldar a divida não é sólida. Pessoa com restrições por inadimplência e com boa parte do salario já comprometido em outras dividas compõem obviamente uma clientela de risco.
A economia americana foi à lona justamente por que bancos financiaram imóveis a preços superfaturados para pessoas com baixa capacidade de pagamento. E por que os bancos americanos fizeram isto? Por que até a bolha estourar e as pessoas deixarem de pagar suas dividas, os lucros auferidos foram estratosféricos.
A pirâmide do mal funciona mais ou menos assim: Pessoas compram e não pagam, ficando com o nome negativado nos serviços de proteção ao credito. Muitos destes devedores preferem adquirir novas dividas a pagar as dívidas antigas. Dificilmente encontram quem lhes empreste dinheiro. Quando uma instituição resolve emprestar dinheiro para estas pessoas ela está ciente do risco que corre e por isto usa de mecanismos de precaução que são a garantia de que a pessoa tenha uma renda mensal que possibilite o desconto direto na folha de pagamento ou na conta corrente, como é o caso de servidores públicos e aposentados e os juros altos por conta do maior risco. Quando as pessoas pagam direitinho, os lucros são exorbitantes, mas se por algum motivo as pessoas perdem a capacidade de pagar as dividas, então os emprestadores vão à bancarrota e podem contaminar diversos setores da economia.
Enquanto um empréstimo consignado em folha custa menos de 3,0% ao mês para pessoas idôneas, algumas financeiras cobram até 25% de pessoas com restrições, o que custa o absurdo de 1.600% ao ano! Não há risco no mundo que justifique uma taxa destas. Para se ter uma ideia, agiotas que trocam cheques ilegalmente para pequenos comerciantes cobram entre 10 e 20% de juros.

O horizonte começa a tomar contornos dramáticos quando se olha para a carteira de clientes e encontra entre eles muitos servidores públicos temporários e uma busca rápida na internet mostra que os movimentos para questionar os juros abusivos na justiça vão se consolidando.
Desde que a economia é a economia os papeis que trazem maior risco remuneram melhor, mas a forma que a "coisa" está tomando e o histórico americano mandam as autoridades monetárias ficarem alerta. A bolha na economia brasileira pode estar sendo inflada a todo vapor.

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