Clube dos 13 – A mesma farinha, agora em sacos diferentes.
Andrés Sanches é o presidente atual do Corinthians, e amicíssimo de Ricardo Teixeira, o dono da Confederação Brasileira de Futebol. Ricardo Teixeira é amigão de longa data da Rede Globo e ambos praticam uma espécie de agiotagem velada aos clubes cariocas, conterrâneos de Globo e CBF.
Futebol no Inferno? |
Fabio Koff é ex-presidente do Grêmio, antagonista de Teixeira (e por consequência de Globo, Corinthians e clubes cariocas) e aliado de primeira hora do São Paulo Futebol Clube, de Alexandre Kalil (atual dono do Clube Atlético Mineiro) e da Rede Record. Estes são os protagonistas da politica futebolística no país da bola, todos os outros grandes clubes brasileiros são satélites de um dos lados.
Como bem lembra Juca Kfouri em seu blog, qualquer disputa por direitos de transmissão que a Record participe é (no mínimo) injusta e muito provavelmente ilegal, uma vez que a fonte de renda da emissora é a fé de milhões de dizimistas da igreja universal. Além disto, o São Paulo é famoso e detestado no meio futebolístico por negociar deslealmente com atletas da concorrência enquanto blinda os contratos para impedir seus atletas de jogarem em outros clubes brasileiros. Por seu lado Alexandre Kalil volta e meia aparece como suspeito em corrupção e maracutaias enquanto as negociações conduzidas por Fabio Koff em nome do clube dos trezes trazem no portfólio uma trapaça contra Silvio Santos, usado apenas como isca em 1997, para aumentar a tunga aos cofres da Globo.
O veto ao Morumbi e a promessa de um estádio corintiano como abertura da Copa do Mundo 2014, as regalias concedidas aos clubes cariocas e a influencia da Central Globo de Jornalismo sobre os mandatários destes clubes formam o curriculum do oponente.
Aparentemente a licitação do C13 é benéfica ao futebol brasileiro, mas moldada para favorecer a Rede Record (Que não depende de audiência para viver) e envolvendo aspectos tão ou mais obscuros do que os expostos aqui equilibram a balança do jogo.
Ninguém pode saber como vai terminar, com a adesão de Grêmio e Goiás (segundo a revista veja, seção radar 23/02) a cisão está se consolidando e até podemos ter um campeonato brasileiro com transmissões toscas (Como no tempo da briga pelas placas de publicidade nos estádios, quando a Globo chegou a transmitir partidas em um ângulo horrível para omiti-las) ou transmissão alguma. Até o campeonato brasileiro (no formato atual) corre algum risco.
Ao torcedor resta saber que seja lá qual for o resultado, será injusto e fruto de jogo nada limpo ou outros bichos mais cabeludos.
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