Professores? Apologia ao crime e agressão na escola.
Um professor de matemática da rede estadual em Santos propôs aos alunos seis problemas que envolviam drogas, prostituição e outros crimes. Inicialmente até pensei que poderia ser algo pedagógico, já que a escola funciona na periferia da cidade. Acompanhando o assunto com mais profundidade percebe-se que o professor está (no mínimo) perdido, podendo mesmo estar mal intencionado.
Em Porto Ferreira, uma professora da rede municipal ofendeu uma aluna, chamando à de Obesa em tom de galhofa (Fique sentadinha! Obesas tem enorme dificuldade em levantar-se), quando a mãe foi tirar satisfação recebeu uns tabefes como resposta.
Agressão física ou moral e apologia ao crime são o tipo de coisa que a escola deveria prevenir, passando as crianças valores éticos que sirvam como baliza em suas ações cotidianas. É inaceitável que pessoas despreparadas, portadoras de patologias psiquiátricas (como depressão profunda e estresse) ou mal intencionadas passem horas a sós com nossas crianças causando sabe-se lá que tipo de males.
Quando um menor comete crime seus pais são os responsáveis legais. Quando um professor, na qualidade de representante do estado, comete um crime, quem é o responsável?
O governo do estado de São Paulo, por meio do DPME (departamento de pericias medicas) achou que Obesas (assim como a professora de Porto Ferreira) são pessoas incapazes de dar aulas, mas foi incapaz de identificar no professor de Santos traços de transtornos psíquicos. Professoras obesas que dão ótimas aulas no estado, na qualidade de temporárias, ficaram fora da escola. Em seus lugares assumiram outros temporários que podem não ter o mesmo nível.
A professora de Porto Ferreira é da rede municipal mas alude o DPME quando observamos que professores efetivos da rede com atestados médicos recomendando longo afastamento para tratamento psiquiátrico recebem a chancela para poucos dias (no máximo 15) e retornam a sala de aula sem condições de trabalho.
A saúde e a qualidade dos profissionais da educação paulista são tratados como números. As pericias medicas atendem primeiro aos interesses das projeções governamentais para consumo externo, do tipo “somente 5% dos professores...” ou “mais de 70% dos alunos...”
Confiamos profundamente na capacidade do professor Woorvald em ajustar no médio e longo prazo as carreiras da educação e esperamos viver o dia em que a escola resgate seu prestigio e reconhecimento como meio de formação do futuro. Do jeito que as coisas estão as previsões não são animadoras. É só o inicio do ano letivo.
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