Breaking News

Natal da 25 de março: A festa do contrabando.

A região da Rua 25 de março em S. Paulo é famosa por ser um dos mais movimentados centros de compras de S. Paulo, ontém - apesar do dia chuvoso - milhares de pessoas se espremiam nas lojas e ruas em busca dos preços baixos, principalmente de produtos eletrônicos. Relógios de pulso são encontrados a partir de R$:5,00. Tênis de marca falsificados são encontrados na faixa dos R$ 30,00 e celulares com dois chip´s por até R$:40,00.

Quem compra sabe o por que de preços convidativos: A grande maioria dos produtos é pirata e contrabandeada da China. Os comerciantes - boa parte chineses - geralmente só aceitam  pagamentos em espécie o que indica duas coisas: Muitos estão em situação irregular no país e não podem abrir uma conta em banco e o dinheiro não passando pelo sistema oficial fica mais fácil de ser lavado, uma vez que o governo não "sabe" de sua movimentação. Para que todo este dinheiro possa circular livremente é preciso um sofisticado esquema de lavagem, a fim de que a fortuna tenha uma origem justificada ou mesmo seja enviada para fora do país, sem pagar os impostos devidos. Como esta contabilidade não se encontra em qualquer esquina e não é tão acessível como os produtos chineses, podemos supor que poucas pessoas controlem todo o esquema e lucrem uma fortuna. 

Os crimes de contrabando e de lavagem de dinheiro são muito próximos do crime organizado em geral. Quem comercializa eletrônicos piratas visando apenas o lucro não tem por que não comercializar armas e drogas.

Ao invés de combate ao esquema internacional de contrabando o estado provê segurança gratuita. A região é uma das mais policiadas da cidade. Não se anda três metros sem esbarrar num par de policiais ou guardas metropolitanos.

A economia brasileira já dá sinais de começar a sofrer com a crise internacional, apresentando inclusive queda na atividade industrial; se todo o dinheiro gasto com produtos chineses ilegais fosse gasto com produtos nacionais que pagam impostos e geram empregos, talvez o quadro fosse mais ameno. 

Nenhum comentário