Dia das mãe - Sem...
Uau! amanhã é sexta-feira novamente! almoçar no Traviata, tomar uma cerva no fim do expediente, bater papo com gentes boas e terminar a semana mais complicada do ano. Acho que o Deus gosta de mim um bocado, já que a semana foi muito proveitosa e agradável, mas este negócio de ter dia das mães sem ter mãe é um saco! Tudo bem que é uma data comercial e bla bla bla wiskas saché... A gente sabe que as pessoas nascem, crescem, reproduzem, envelhecem e morrem e a gente sabe que tem que ser forte e a gente sabe um bocado de cousas... Mas, eu queria tanto dar um abraço nela... Tenho que comprar presentes. Tem a mãe dos meus filhos, a mãe da mãe dos meus filhos, as mães de meus sobrinhos queridos e as mães das propagandas. Dá a impressão que o mundo inteiro tem mãe, menos eu.
Este blog não é mais o mesmo desde setembro do ano passado (2011) e está as moscas faz mais de um mês. A audiência caiu de 2, 3 mil pessoas por dia para coisa de (no máximo) 300 ou 400 desavisados que passam por aqui em busca de um artigo antigo. Até "comentário brabo" eu recebi por não mais ser uma fonte "confiável" sobre o andamento dos concursos da SEE/SP.
Coisa estranha esta, mas depois que mamãe mereceu artigos por aqui, perdi o impeto de gostar de letras. De 25, 30 livros por ano, leio nem jornal mais; de textos e crônicas pretensiosas, escrevo somente oficios e memorandos obrigatórios; o curso de letras está trancado em mais um semestre. Até as frases bonitinhas sob imagens no facebook perderam a graça.
Acho mesmo que sou bem mais feliz que boa parte dos viventes neste mundo: eu tenho um carro velho para chamar de meu, uma casa pobre na periferia para chamar de minha, um emprego pobre no serviço público para chamar de meu, mas sou feliz mesmo por ter umas pessoas para chamar de minhas. Dou valor danado para quem possa ser chamado de "meu amigo", "meu parceiro", "meu isto ou aquilo..." e estas poucas pessoas vão recebendo mais valor a cada dia.
Tenho uns cabelos brancos para chamar de meus e vou descobrindo que as pessoas são muito mais que as coisas. Deveriamos (como alguém disse) amar as pessoas e usar as coisas (e não o contrário). Uma merda isto de moldar a vida por perdas. Perco velhos e ganho novos hábitos, amigos, patrimônios, paixões, mas nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia.
Está tudo muito bem, tudo muito bom. Eu só não tenho uma mãe para abraçar enquanto pessoas nem tem comida para comer ou teto para morar ou sei lá o que. Se tu tem nada na vida, mas tem uma mãe para abraçar, não queira estar na pele de quem tem tudo na vida, menos uma mãe. Sem mãe a gente sobrevive, a gente sorri e é feliz, mas é tudo por instinto de sobrevivencia. Quando você perde a mãe, é por que a brincadeira de viver começou a perder a graça.
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