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Pequenas vítimas - Estupro e morte em Caravelas-BA e Ipiguá-SP

Os menores vítimas da violência e da sociedade.



Caravelas até outro dia era uma pacata cidadezinha no sul da Bahia, Ipiguá até hoje é uma cidadezinha tranquila na região de Araçatuba, interior de S. Paulo. Dois casos chocantes dão a dimensão do futuro que podemos esperar do Brasil, para além da patifaria politica. É de se aventar que a classe politica seja tão somente um estrato de nossa sociedade.

Na Bahia dois adolescentes saíram para assaltar. Encontraram pela frente uma moto, cujo passageiro era Felipe Gomes Lisboa, de apenas 8 anos de idade. Os menores deram voz de assalto e não satisfeitos espancaram o condutor (pai de Felipe) e assassinaram Felipe a pancadas. foram presos pouco depois, ocasião em que sofreram retaliações na cadeia, sendo espancados por outros menores e escapando da morte pelo socorro policial. Deveria ser chocante tantas crianças e adolescentes protagonizando uma história tão terrível de tanta violência, mas é só mais um caso policial em Caravelas, nem deve passar no Jornal Nacional.

Em Ipiguá uma adolescente enfrentava problemas com a mãe drogada  (o paradeiro do pai é desconhecido) e resolveu fugir para a casa do namorado, também adolescente, que por sua vez enfrentava problemas com a mãe prostituta. Ao invés de socorro a menor foi obrigada a se prostituir para ajudar no custeio da casa, sem outra alternativa se resignou até descobrir que o namorado da sogra era um bandido famoso por ter matado um delegado, se apavorou ainda mais e conseguiu pedir ajuda. No conselho tutelar se descobriu que os clientes da menina eram da "high society" local: médicos, políticos, empresários e servidores públicos. Ela tem apenas 13 anos de idade.

Os dois casos agora estão na justiça. Não há que se falar em justa reparação em nenhum deles. Felipe não volta e seus algozes sequer cumprirão duras penas, voltando daqui a pouco para as ruas, mais degradados e perigosos, para abraçar a morte moribunda. Não sem antes provocar um tanto mais de terror e violência.  É preciso esperar para conferir que tipo de punição alguém receberá em Ipiguá, mas, seja qual for, será pouca e não restituirão a dignidade e os sonhos da pequena vitima de nossa "grande sociedade".

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