Você deve ensinar seu filho a quebrar a cara.
A natureza é sábia. até o sabiá que sabia assobiar sabe disto. na natureza os animais criam suas proles o mínimo possível para lhes garantir as habilidades necessárias para a luta árdua e diária pela sobrevivência, depois, boa sorte e obrigado.
Os humanos são, inteligentes demais para fazer isto. Nós tentamos proteger nossos filhos de tudo, de todos e o tempo todo, mesmo sabendo que não podemos. Qual é o resultado prático disto? geração após geração aprendemos a viver tarde demais. Quem nunca ouviu algo como "se eu pudesse voltar no tempo com o conhecimento que tenho hoje..."?
Muitos são os casos de filhos criados numa redoma que se saíram mal ou ao avesso do pretendido pelos pais. Quando corre tudo bem, os filhos vão aprendendo a viver com os próprios erros e tropeços, depois dizem a celebre frase e fazem tudo igualzinho a geração anterior.
Criança que cresce sem liberdade para cometer os próprios erros e principalmente sem a responsabilidade de assumir suas próprias consequências são propensas a se tornarem adultos mimados, irresponsáveis e covardes.
O melhor caminho para uma criação proativa e eficaz é incentivar desde cedo a criança a fazer suas próprias escolhas e a lidar com as consequências. Quanto antes seu filho aprender a se decepcionar na vida, mais cedo desenvolve a habilidade de encarar as perdas e procurar sozinho suas próprias saídas. Quanto mais cedo fizer isto, mais rápido amadurece e quanto mais rápido amadurecer, mais hábil se tornará para ser feliz, sabendo que a vida não é um mar de rosas artificiais criado pelos pais a duras penas e exclusivamente para seu deleite.
Seu bebezão adora brincar na terra mas não gosta de tirar a sujeira no banho e você provavelmente morre de medo dos micróbios, certo? Então temos duas noticias boas pra você: O contato com os micróbios é essencial para a criação dos anticorpos necessários para a tão sonhada "saúde de ferro" (ah, natureza danada de sábia!) e taí uma ótima oportunidade para você começar a treinar seu neném sobre escolhas e consequências. Depois do sermão no banho se ele realmente insistir para chupar aquela laranja verdinha (que sobrou da caipirinha de sábado), você já pode começar a introduzir a matéria desilusão na grade curricular. Viu que nem é assim tão dramático?
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