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Criminosos e religiosos: A origem.

Por que existem criminosos? E por que mais em alguns lugares que em outros?
É simplório apontar uma única e exata resposta para estas questões mas, seguramente, a origem da criminalidade está no instinto humano e na influência do meio em que vive.

O homem desenvolveu ao longo
Ser ou não ser... (Imagem da internet)
de sua evolução algumas habilidades instintivas e em boa medida elas são responsáveis, mesmo que inconscientemente, por toda a história que a humanidade escreve em porções individuais.

A partir deste ponto cada individuo precisa desenvolver habilidades próprias para lidar com as situações cotidianas e este é o grande diferencial evolutivo que carregamos.

O homem nasce e se desenvolve até a idade adulta agregando os valores que lhe servirão de ferramenta para alcançar os objetivos que lhe garantam concluir o ciclo crescendo, se reproduzindo, envelhecendo e morrendo da melhor forma possível.

A importância do meio nesta história é que alguns indivíduos crescem agregando habilidades e conhecimentos que pavimentam seguramente seu caminho para o sucesso. Se você oferece a um ser humano, desde o nascimento, educação, saúde e valores, então ao chegar a idade adulta este ser humano estará apto a ser bem sucedido, ainda que sua escolha seja ser um criminoso. Mas, quando um ser humano não tem acesso a estas coisas, chegará a uma etapa da vida em que suas habilidades não serão suficientes para dar continuidade e então precisará alcançar novas ferramentas para seguir adiante.

O instinto humano move o homem sempre a buscar conhecer, dominar, simplificar e melhorar  o funcionamento das coisas. É isto o que move o progresso. A roda veio da necessidade de dominar os meios de locomoção e pelo mesmo motivo foi inventado o túnel. É assim em todas as áreas da atividade humana.

Ocorre que as competências para se alcançar o progresso podem ser bem complicadas de se adquirir e então o instinto humano preparou o homem a escolher também o jeito melhor para solucionar o problema, aplicando às habilidades o principio do "caminho mais fácil entre dois pontos".

Se o homem encontra-se no ponto "A" e pretende chegar ao ponto "B", pesando suas habilidades e deficiências, ele escolhe o caminho que julga ser o melhor. E nem sempre esta escolha é uma linha reta, se for preciso construir túneis e pontes e o tal homem não possuir estas habilidades, por exemplo.

Vamos aplicar esta teoria a dois adolescentes, um brasileiro e um norueguês. Um garoto de 16 anos nascido na Noruega provavelmente se parecerá muito com seus pares, portará formação e informação abundantes e um histórico ancestral que lhe permitirá chegar ao ponto B com relativa segurança e facilidade. Ao analisar o hipotético garoto brasileiro o dilema já começa na origem: Ele pode vir de diferentes extratos sociais, ter diferentes origens étnicas e formação tão diversa quanto incerta. Se pegarmos as piores variáveis possíveis, e elas são aplicáveis a boa parte da população brasileira, podemos encontrar um negrinho, semi-alfabetizado e com histórico ancestral desastroso ou insabido.

Nada impede que ao chegar ao ponto B, o norueguês chegue as manchetes mundiais por cometer um massacre sangrento por motivos racistas, mas as chances de um norueguês se tornar um criminoso são bem pequenas e a de se tornar um miserável é praticamente nula.

 O negrinho brasileiro, para chegar ao ponto B, precisará adquirir de pronto competências que ficaram pelo caminho e qual é a atividade profissional (considerando o crime como tarefa remunerada, ainda que ilegal) que requer competências mais acessíveis ao destemido filho desta terra?

Nada impede que ele queira se tornar um médico ou engenheiro ou presidente da suprema corte, apesar das estatísticas contrárias. Ocorre que para adquirir as habilidades necessárias os esforços serão diametralmente opostos, caso opte por uma atividade criminosa.

Como todos precisam chegar ao ponto B, as chances de se tornar criminoso na "pátria mãe gentil", são exponencialmente maiores. na carreira criminosa o percentual de muito bem sucedidos é muito parecida com qualquer outra carreira e a maioria entra nesta atividade sabendo dos riscos nada agradáveis (muito maiores que a maioria das carreiras) e das poucas chances de sucesso. O instinto humano (este sim igual em toda a espécie) é que empurrou o negrinho a escolher seu melhor caminho entre os dois pontos.

E o que a religião tem a ver com esta história?
A religião surgiu da necessidade do homem em conhecer (e explicar) sua origem, fenômenos naturais, o universo e tudo o mais que não podia conceber. Partindo do principio de que o homem criou todos os seus utensílios é perfeitamente plausível imaginar que o homem é um utensilio criado por alguém superior e nos primórdios da humanidade ciência e religião buscavam em pé de igualdade explicar a vida na terra. Enquanto a ciência percorreu (e ainda percorre) caminhos difíceis e tortuosos cujos resultados dependem da experimentação e comprovação e são morosos, razão pela qual  ainda hoje não alcançou muitas das respostas "cruciais" para explicar o "de onde viemos e para onde vamos", a religião encontrou seu melhor caminho entre o ponto A e o ponto B aplicando acreditação por meio da fé para validar suas teorias.

Nada impede que exista um criador do universo. Ocorre que a experiencia humana acumulada não registra interações prováveis do eventual criador com suas criaturas. É particularmente notável que os alegados milagres que o criador distribui às suas criaturas inclua coisas complexas como ressurreição cuja comprovação é tão difícil como sua negação, mas não contemple -por exemplo- a regeneração de membros amputados (nem dos dedinhos mindinhos!), que até existe na natureza para entes reles como a lagartixa, mas não alcança os nobres seres humanos, o que seria bem interessante já que se o ex presidente Lula aparecer de dedo novo por aí todos poderão atestar o milagre.

A religião, ao disseminar a aceitação de cousas cuja experimentação é impossivel (e por conseguinte sua comprovação ou negação idem), remete ao instinto humano mais uma vez. Como as habilidades e competências que precisamos para compreender e dominar as circunstâncias do viver (e morrer) são difíceis e morosas, escolhemos lançar nossa ansiedade sob os cuidados de entes superiores e isto tem eficácia em nossa corrida para alcançar o ponto B: Pesquisas comprovam, por exemplo, que a fé na cura (religiosa ou não) é importante auxiliar nos tratamentos complexos de saúde.

E qual a ligação entre a origem da religião e a criminalidade?
Obviamente os conceitos de religiosidade e de criminalidade são distintos e opostos até, a grande questão é que tendo origem no instinto humano podem ser conhecidas e dominadas. A instrumentalização tanto do crime como da religião leva os que dominam o conhecimento à comandarem uma rede que trabalha para satisfazer seus anseios mais obscuros. É o mesmo principio das piramides financeiras e das ilusões de ótica. Tudo leva o ser humano a crer que os resultados são plausíveis e palpáveis, exceto se você buscar conhecimento, cuja difícil obtenção lhe forjará meios para facilmente detectar uma fraude simplesmente excluindo o que não pode ser ou se sustentar. Então voltamos ao caminho entre dois pontos. Qual você escolhe? 

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