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O concurso.

Acordei cedo no domingo, tomei café, banho, alguns cuidados e as 10H00 já estava saindo de casa. Pouco mais de 15 Km me separavam do local na Vila Mariana mas, achei prudente ter tempo de folga para o inicio da prova.

Imagem do filme "O Concurso".
Antes das onze estava estacionando o carro num posto de gasolina, com um preço bem mais camarada que os cobrados pelos oportunistas de plantão. Fui até uma banca de jornal e comprei a Folha de Domingo, um jornalão adequado para quem tem duas horas disponíveis.

Depois fui "reconhecer o território" e por sorte, um incauto igualmente sortudo tinha aberto a lanchonete em frente a faculdade para fazer a limpeza. Certeza que nunca os universitários lhe deram tanto lucro como os concurseiros lhe deram hoje! 

Escolhi uma mesa perto da porta e fiquei observando o movimento, enquanto lia o jornal e dava uma "sapeada" nas redes sociais pelo celular. Pude perceber que gentes bem mais prudentes aguardavam desde muito mais cedo na porta da faculdade, na Rua Afonso Celso.  No interior da lanchonete um bocado de CDF's ainda repassava o material de estudo. Vi gente comentando que veio de longe como Marília e Presidente Prudente ou mesmo de outros estados. Fiquei imaginando se seria capaz de tanto esforço por um emprego, que até paga além da média e oferece vantagens como a estabilidade funcional, mas, nada tem de tão "assim, assim".

Faltando 10 minutos para o fechamento dos portões fui pagar a conta e, por tudo o que é mais sagrado, só paguei por insistencia, tamanho o desespero dos concurseiros para não perder o horário. Precisei passar pessoalmente o cartão na maquininha e deixar o comprovante no balcão.

Acendi um cigarro (Um dos últimos, se deus quiser) e fiquei observando os retardatários, muitos dos quais percebiam tardiamente que existiam pelo menos 4 locais de prova num raio de 500 metros. Por sorte, o funcionário que recebia os alunos gritava insistentemente sobre os locais de prova e ajudou muita gente a não perder o destino.

Entrei no limite de tempo, sem transtornos, peguei a escada até o quinto andar, onde ficava a sala 69, e fiz o "check-in". A sala ja estava quase lotada, salvo uns 10% que se abstiveram. Confesso que por circunstancias do dia-a-dia não me preparei adequadamente mas, 10 minutos antes do tempo minimo estava com minha prova concluída e cartão de respostas preenchido.  

Algumas questões para as quais não estudei me pareciam insondáveis mas então sobrou mesmo o bom e velho chute. No mais, acho que fui muito mais que bem.  Ao chamar a monitora para informar do fim vi alguns olhares desconfiados. Ao sair olhei para a sala e vi um bocado de gente sisuda e preocupada, como se daquela prova dependesse suas vidas.

É Só um concurso e assim como a vida não deve ser levado tão a sério. Para trabalhar bem precisamos estar felizes com o que fazemos e isto não se consegue num concurso qualquer. Sou veterano nesta estrada. Já passei em 4 concursos e trabalhei em 3 áreas diversas do governo do estado de São Paulo. 

Você precisa se preparar e focar no que realmente quer. Se não for bom o suficiente mudar o foco. Pode parecer incrível mas concurso publico não é loteria!

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