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Os menores infratores, a policia que mata, o estado, a sociedade e os direitos humanos.

Nos últimos dias dois casos emblemáticos de inépcia do estado em sua missão de cumprir o estatuto da criança e do adolescente, chamaram a atenção. A policia militar combateu em flagrante delito dois bandidos conhecidos no meio policial e o confronto terminou com o resultado morte, para os bandidos. Os dois tinham em comum a extensa ficha policial enquanto menores de idade, um aliás, morreu com impensáveis 10 anos! O outro acumulou mais de duas dezenas de passagem durante a menoridade e aos 20 anos o "confronto" com a policia pois fim a sua carreira criminosa iniciada - pelo menos - aos 11 anos de idade.

Carro roubado por menor morto pela PM
No primeiro caso, dois meninos que deveriam estar estudando ou jogando bola na rua (10 e 11 anos de idade) furtaram um carro com vidros filmados e não obedeceram a ordem de parada da PM. Não se sabe as circunstâncias exatas em que morreu o "meliante" e até é bem possível que os policiais tenham atirado sem qualquer agressão dos menores, o que é compreensível. Um carro roubado, com vidros escuros, que não obedece ordem de parada pode guardar muitas surpresas, inacreditável é que tenha sido duas crianças.

No outro caso, depois de achincalhar a sociedade sendo pilhado mais de 20 vezes pela policia, entrar e sair da delegacia xingando e agredindo policiais e profissionais de imprensa, num suposto confronto, François Roger levou a pior e não vai mais cometer crimes.

A mãe do menor sobrevivente do primeiro caso afirma categoricamente que seu filho não é bandido, que tem pai e mãe e não precisa disto; a mãe de François alega que ele foi executado por dever dinheiro a policiais corruptos. A família ter dificuldade em enxergar com clareza quem são seus "filhos" perante a sociedade é compreensível, mas o fato é que ambos tinham uma ficha criminal considerável, sobretudo pela idade em que se iniciaram na "profissão".

A mãe de François lamenta sua morte.
A policia se defende alegando sempre "revide a injusta agressão". Ser policia no Brasil é um negocio complicado. O camarada entra cheio de boas intenções e inclinado a ser herói da sociedade, é mal treinado, mal pago, vive em constante risco e stress e uma parcela acaba cometendo excessos e até crimes.

Tudo o que relatamos até aqui tem uma conta certa para o debito: O estado. É o estado brasileiro que falha na hora de preparar nossos policiais e na hora de dar aos jovens opções que lhes permitam ver o crime antes de uma saída financeira e social, como uma opção ilegal e imoral de vida, coisa de bandido.

Mas aí, no calor dos holofotes, aparecem os direitos humanos, com uma papinho muito bonitinho, fala mansa e viés higienista. Alias, o defensor dos manos da hora, tem até nome de sabão em pó, digníssimo doutor Ariel de Castro, do CONDEPE - Conselho Estadual dos direitos da pessoa humana.

De pronto, os humanistas escolhem um lado, sempre o do bandido. Eu nunca vi um defensor de "pessoas humanas" - esta redundância que aparentemente não se aplica a gente de bem, procurando a família de um policial ou trabalhador qualquer para lhes oferecer ajuda contra bandidos, eles defendem única e exclusivamente contra a policia e pior ainda, personificam nos agentes envolvidos, a culpa por todas as mazelas sociais que levaram a situação a que chegaram todos os envolvidos nas histórias acima.

Continuando assim, vamos mudar tudo para tudo continuar como antes. Parece confuso, e é. Ocorre que vamos punir os agentes envolvidos nos casos e daqui a pouco vão surgir novos meninos bandidos e novos policiais vão cumprir o ciclo de dificuldades e stress que os levam ao banco dos réus por homicídio. só quem ganha com isto é o advogado humanista com nome de sabão em pó, que vira um notório notável, quem sabe elegível a algum cargo público ou apresentador de tv.

A menos que o rigoroso processo seletivo das policias, com vasta investigação social e psicológica esteja totalmente equivocado, todos os que entram na policia, o fazem na qualidade de homens de bem e de moral. 

É bem difícil para as famílias pobres e/ou relapsas e/ou desestruturadas perceberem que seus meninos estão subtraindo coisas alheias, agredindo e matando pessoas. O problema é que a verdade estarrecedora está aí: os meninos bandidos existem, nos afrontam e cada dia aparecem mais jovens.

Quando os dois processos mal geridos se fundem, os policiais que queriam ser heróis se encontram com os bandidos que deveriam ser crianças e o que absolutamente não entra aí é direitos para estas pessoas, por mais humanas que sejam.

Como nossas crianças e nossos policiais não devem ser biologicamente inferiores aos seus pares da Noruega, uma banana para o advogado sabão em pó humanista e vamos cobrar do estado, responsável por nos prover crianças e policiais melhor preparados!

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